Justiça determina prisão de Alexandre Correa

Mundo

O empresário Alexandre Correa, ex-marido da apresentadora Ana Hickmann, se tornou alvo de um mandado de prisão emitido pela Justiça de São Paulo por conta do não pagamento de pensão alimentícia ao filho do casal, conhecido como Alezinho. A decisão tem chamado atenção não apenas pelo conteúdo, mas pelas reações do empresário, que diz ter sido surpreendido com a notícia.

De acordo com Correa, nem ele e nem seus advogados haviam sido oficialmente informados sobre a ordem de prisão no momento em que a notícia se espalhou. Em entrevista concedida à coluna de Fábia Oliveira na manhã do dia 5 de junho, ele revelou que, até às 11h25 daquele dia, não havia recebido qualquer visita de oficial de Justiça em sua residência. Mais do que isso: segundo ele, não havia sequer um despacho da juíza registrado no sistema eletrônico do processo.

“Se você acessar os autos, não existe despacho algum. Então como a imprensa teve acesso a algo que não aparece no processo?”, questionou o empresário. Essa suposta inconsistência levantou dúvidas sobre a divulgação do caso, o que gerou ainda mais polêmica em torno da situação.

O que motivou o pedido de prisão?

A solicitação de prisão foi apresentada por Ana Hickmann no fim de maio. A apresentadora alegou que Alexandre vinha descumprindo o pagamento da pensão alimentícia, mesmo continuando a participar de atividades profissionais, como palestras, campanhas publicitárias e podcasts. Segundo ela, todos os custos relacionados ao bem-estar e à criação do filho estavam recaindo exclusivamente sobre seus ombros.

A acusação apontou que, mesmo diante de oportunidades de gerar receita, Alexandre não estaria colaborando com as despesas do filho. Diante dessa realidade, a apresentadora buscou na Justiça uma forma de garantir que os direitos da criança fossem respeitados.

A versão de Alexandre Correa sobre o caso

A defesa de Alexandre apresentou uma justificativa baseada em problemas financeiros. Em nota oficial, seus advogados afirmaram que a inadimplência ocorre devido à falta total de recursos. Segundo eles, Alexandre estaria, há mais de um ano e meio, impedido de atuar nas empresas das quais sempre foi sócio. Além disso, ele não teria acesso às contas bancárias, cartões de crédito ou qualquer fonte de receita ligada às atividades empresariais.

Eles explicaram que, sem renda e sem acesso aos próprios bens, o empresário se viu impossibilitado de cumprir com os valores estabelecidos como pensão provisória, que giram em torno de R$ 4.500 por mês desde janeiro.

Decisão da juíza e os próximos passos

Apesar das alegações da defesa, a juíza Renata Cristina Rosa da Costa Silva, da Vara de Família e Sucessões da Comarca de Itu (SP), não aceitou os argumentos apresentados. Em sua decisão, ela decretou a prisão civil de Alexandre Correa por um período de 30 dias. A magistrada entendeu que a justificativa da defesa não comprova de maneira suficiente a incapacidade financeira do réu, especialmente diante das evidências de suas participações públicas recentes.

A decisão tem como base o entendimento de que a pensão alimentícia é uma prioridade legal, com proteção constitucional. O não pagamento, mesmo diante de dificuldades, precisa ser formalmente discutido no processo, com provas robustas da incapacidade de arcar com o valor estipulado.

Repercussão e o que pode acontecer agora

A notícia da prisão caiu como uma bomba nas redes sociais, gerando debates intensos sobre responsabilidades parentais, justiça e a exposição pública de questões familiares. Enquanto muitos defendem a rigidez na cobrança da pensão, outros argumentam que medidas como a prisão civil podem ser extremas, especialmente quando há indícios de dificuldades financeiras reais.

No entanto, a legislação brasileira é clara: o não pagamento de pensão pode, sim, resultar em prisão, como medida coercitiva para garantir o cumprimento da obrigação.

Agora, Alexandre Correa deverá recorrer da decisão ou tentar renegociar os termos da pensão. Se conseguir comprovar, por vias formais, a real impossibilidade de pagamento, há chance de revisão do valor ou até suspensão temporária da obrigação, o que evitaria a prisão. Caso contrário, ele poderá ser detido a qualquer momento, uma vez que a ordem já está válida.

Conclusão: um caso que vai além das manchetes

A situação envolvendo Alexandre Correa e Ana Hickmann escancara um tema delicado, mas extremamente comum: a dificuldade de manter obrigações familiares após o fim de um relacionamento. A pensão alimentícia não é apenas um valor financeiro — ela representa o compromisso legal e afetivo com o bem-estar de uma criança.

Acompanhar os desdobramentos deste caso pode ajudar muitas famílias a compreenderem melhor seus direitos e deveres, além de servir de alerta para que processos judiciais desse tipo sejam tratados com responsabilidade e transparência.