Uma tragédia aterrorizante abalou a cidade de Parnaíba, no Piauí. Uma mulher foi presa após ser acusada de envenenar oito membros da própria família, incluindo crianças. O caso, que inicialmente parecia um incidente isolado, revelou-se um dos crimes mais calculistas já registrados na região. Mas o que levaria uma avó a cometer tal atrocidade?
O Mistério das Mortes na Mesma Família
A polícia começou a desconfiar quando, ao longo de cinco meses, várias mortes ocorreram dentro da mesma família. O primeiro caso aconteceu em agosto de 2024, quando duas crianças morreram após passarem mal de forma repentina. Depois disso, outras vítimas sucumbiram de maneira semelhante, sempre após alguma refeição.
Os investigadores seguiram diferentes pistas e chegaram a deter uma vizinha, suspeita de envolvimento. Mas a verdade estava prestes a chocar a todos.
A Descoberta Sombria
Foi somente em janeiro de 2025 que as peças do quebra-cabeça começaram a se encaixar. Maria dos Aflitos, uma mulher de 57 anos, confessou que havia envenenado a própria vizinha. Mas, ao ser pressionada, revelou um detalhe ainda mais perturbador: seu marido, Francisco de Assis, de 53 anos, era o verdadeiro arquiteto do massacre familiar.
Segundo Maria, ele acreditava que as mortes poderiam de alguma forma ajudá-lo a sair da prisão. Francisco, que já estava detido desde o início de janeiro, era suspeito de estar por trás dos outros envenenamentos. Os detalhes do plano macabro foram revelados pelas investigações policiais.
O Método Mortal
As vítimas foram envenenadas em diferentes ocasiões. O agente tóxico utilizado foi o terbufós, um pesticida letal de venda controlada no Brasil. O veneno foi introduzido nas refeições de formas distintas:
- No primeiro ataque, foi misturado a um suco em pó.
- No segundo, contaminou um baião de dois servido no Ano-Novo.
- No terceiro, foi adicionado ao café.
A polícia identificou padrões suspeitos, como o fato de que nem Maria nem Francisco consumiam os alimentos nos dias dos envenenamentos.
O Passado Sombrio de Francisco
Durante buscas na casa do casal, os investigadores fizeram uma descoberta estarrecedora. Francisco tinha uma obsessão por ideais nazistas e possuía livros detalhando métodos de extermínio. Muitos trechos estavam grifados, descrevendo processos semelhantes aos usados no crime.
Em um baú trancado, acessado apenas por ele, foram encontrados textos e anotações sobre envenenamento, referências à Segunda Guerra Mundial e outros documentos perturbadores.
O Quebra-Cabeça se Completa
Com o avanço das investigações, a polícia concluiu que Francisco planejava os assassinatos há muito tempo. Ele teria convencido Maria a participar do plano e a manipulado para executar parte dos crimes.
O desfecho do caso ocorreu quando a última vítima, Maria Jocilene da Silva, uma vizinha de 41 anos, faleceu após tomar café na casa da acusada. A relação entre Maria e Jocilene foi um ponto crucial. Testemunhas relataram que as duas tinham um relacionamento amoroso antes da chegada de Francisco à família, e a polícia acredita que Maria pode ter matado Jocilene para silenciá-la.
O Desfecho
Com as novas provas, a vizinha Lucélia Maria da Conceição, que havia sido presa injustamente em 2024, foi libertada. A Justiça revogou sua prisão após exames toxicológicos provarem que os cajus supostamente envenenados por ela não continham substâncias tóxicas.
Maria dos Aflitos e Francisco de Assis agora enfrentam múltiplas acusações de homicídio qualificado. A pena pode ultrapassar 30 anos de prisão.
Reflexão
Crimes como esse levantam questões sobre até onde a mente humana pode chegar. Como uma família pode ser destruída por aqueles que deveriam protegê-la? O caso segue sendo investigado, mas uma coisa é certa: Parnaíba nunca esquecerá essa história de horror.
