Lula passa mal e cancela compromissos oficiais

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Na tarde desta segunda-feira, 26 de maio, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de 79 anos, precisou interromper sua agenda oficial após sentir-se mal. O chefe do Executivo apresentou sintomas de labirintite acompanhada de vertigem e foi rapidamente levado ao Hospital Sírio-Libanês, em Brasília, para realizar exames.

Segundo informações divulgadas pela Secretaria de Comunicação da Presidência, Lula sentiu o mal-estar pouco depois do almoço. Ele foi prontamente atendido por profissionais da equipe médica do Palácio do Planalto e, seguindo recomendação dos especialistas, foi encaminhado ao hospital por volta das 15h.

Após cerca de duas horas em observação e realização de exames de sangue e imagem, todos os resultados apresentaram-se dentro dos padrões normais. Ainda assim, a recomendação médica foi clara: repouso absoluto no Palácio da Alvorada, a residência oficial da Presidência da República. O acompanhamento está sendo feito pelas equipes dos médicos Roberto Kalil Filho e Ana Helena Germoglio.

Esse novo episódio de saúde acabou afetando diretamente a rotina de trabalho do presidente. Todas as reuniões previstas para o restante do dia foram canceladas, incluindo encontros estratégicos com os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Rui Costa (Casa Civil), Esther Dweck (Gestão) e Luciana Santos (Ciência e Tecnologia).

Apesar da gravidade dos sintomas iniciais, a condição foi controlada com agilidade. O boletim médico oficial do hospital esclareceu que o diagnóstico foi de labirintite, uma disfunção do ouvido interno que causa vertigens, tonturas e desequilíbrio. Esse tipo de quadro é relativamente comum em idosos, exigindo cuidado redobrado para evitar quedas e complicações.

Vale lembrar que esta não é a primeira vez que a saúde de Lula demanda atenção especial nos últimos meses. Em outubro do ano passado, o presidente sofreu uma queda no banheiro do Palácio da Alvorada, batendo a cabeça de forma preocupante. Na ocasião, ele precisou ser transferido para São Paulo em dezembro para passar por uma cirurgia de emergência, após exames indicarem sangramento intracraniano.

A primeira intervenção cirúrgica ocorreu no dia 9 de dezembro. Poucos dias depois, no dia 12, Lula passou por um segundo procedimento, de caráter preventivo, com o objetivo de evitar novos episódios de sangramento. Após rápida recuperação, ele deixou a UTI e chegou a publicar vídeos caminhando nos corredores do hospital.

Mesmo com a alta médica, a recuperação completa exigiu cuidados. Lula voltou a Brasília em 19 de dezembro, mas ainda com limitações quanto a viagens e compromissos físicos mais exigentes. No fim de janeiro, passou por nova tomografia no Hospital Sírio-Libanês de Brasília e recebeu autorização para retomar plenamente suas atividades rotineiras, incluindo deslocamentos e exercícios físicos.

Em fevereiro, Lula realizou um check-up geral, que havia sido adiado por conta da cirurgia anterior. Os exames, feitos novamente no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, não apontaram anormalidades. A tomografia do crânio, inclusive, confirmou que o processo de recuperação estava dentro do esperado.

A recorrência de episódios de saúde chama a atenção pela necessidade de acompanhamento constante. Ainda que os exames não apontem problemas graves, o histórico recente de quedas e intervenções neurológicas torna cada novo sintoma digno de atenção imediata. A labirintite, apesar de parecer inofensiva, pode ser um indicativo de alterações sensíveis no organismo, especialmente em pessoas da terceira idade.

Para a população, a situação serve de alerta quanto à importância dos exames preventivos e do acompanhamento médico regular, principalmente após os 60 anos. Situações como essa reforçam que mesmo líderes públicos, com acesso aos melhores cuidados de saúde, não estão imunes a condições comuns como a labirintite.

Ao final do dia, Lula já se encontrava em repouso e acompanhado por sua equipe médica, com quadro estável e expectativa de rápida recuperação. A agenda presidencial deve ser retomada gradualmente nos próximos dias, dependendo da resposta do organismo ao repouso e tratamento inicial.

Este episódio reforça a necessidade de uma atenção integral à saúde dos idosos, destacando a labirintite como uma condição que, se ignorada, pode comprometer não apenas a qualidade de vida, mas também a segurança física do paciente. Com acompanhamento médico e tratamento adequado, é possível controlar os sintomas e evitar complicações futuras.