O desfecho trágico do desaparecimento de Flávia Gabriely comove familiares e gera comoção

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O mistério que envolvia o desaparecimento de Flávia Gabriely Pires Pinto chegou a um fim doloroso para sua família. A jovem, de apenas 17 anos, passou 23 dias desaparecida no Paraná, e seu corpo foi encontrado em um córrego na cidade de Jesuítas, onde residia. A tragédia deixou marcas profundas nos familiares, que agora clamam por justiça.

Na manhã de sexta-feira (7), Flávia foi sepultada no cemitério municipal da cidade. Devido ao avançado estado de decomposição, não houve velório, mas os parentes e amigos participaram de uma cerimônia religiosa marcada pela dor e pela saudade.

O sofrimento de uma família despedaçada

Valdivino Pinto, avô de Flávia, revelou a agonia vivida durante os dias de busca. Em entrevista à RPC, ele desabafou sobre o sofrimento da família. “Foi um período de muita aflição, mas nunca perdemos a esperança de encontrá-la com vida. Quando veio a notícia, foi como se um pedaço de nós fosse arrancado”, lamentou.

Já Valdecir Pinto, pai da adolescente, expressou sua imensa tristeza, mas também falou sobre a necessidade de encontrar forças para seguir em frente. “As lembranças que temos dela são o que nos resta agora. São essas memórias que nos darão força para continuar, mesmo com essa dor imensurável”, disse.

A investigação e a prisão do principal suspeito

A polícia continua investigando o caso, mas um suspeito já está detido. Na quinta-feira (6), o cunhado de Flávia, de 19 anos, foi preso preventivamente, sendo apontado como o principal suspeito do crime. Durante a audiência de custódia, ele foi encaminhado à cadeia de Assis Chateaubriand, no oeste do Paraná.

O delegado Leandro Vadalá, responsável pelo caso, informou que o suspeito é casado com a irmã de Flávia e, durante o interrogatório, revelou a localização do corpo da jovem. Inicialmente, ele negou qualquer envolvimento, mas as investigações mostraram que ele foi a última pessoa a ver Flávia com vida.

Imagens de câmeras de segurança registraram a jovem caminhando sozinha logo após sair da casa do namorado, no dia 13 de janeiro. O suspeito, então, admitiu que buscou a jovem e disse à polícia que os dois usaram drogas antes de ele supostamente empurrá-la no riacho onde o corpo foi encontrado.

Contradições e dúvidas

A versão apresentada pelo suspeito é contestada pela família de Flávia. Os parentes negam que a jovem usasse drogas e aguardam o laudo pericial do Instituto Médico Legal (IML) para esclarecer a causa da morte. Até o momento, também não há indícios de que a adolescente tivesse qualquer tipo de relação amorosa com o cunhado.

Mesmo sem antecedentes criminais, o suspeito permanece sob custódia da Polícia Civil de Formosa do Oeste, que conduz as investigações. O homicídio é a principal linha de investigação, e a esperança da família é que a justiça seja feita.

Os últimos momentos de Flávia

Flávia foi vista pela última vez na tarde do dia 13 de janeiro, quando saiu de casa para visitar o namorado. Por volta das 15h, câmeras de segurança registraram a jovem caminhando sozinha, e esse foi o último registro de sua aparição em vida.

Na noite de quinta-feira (6), após intensas buscas, o Corpo de Bombeiros encontrou o corpo de Flávia a cerca de 30 metros do local indicado pelo suspeito. A tragédia gerou grande comoção na cidade, e a família agora busca respostas e justiça.

O caso segue em andamento, e a esperança dos familiares é que todas as circunstâncias que levaram à morte da jovem sejam esclarecidas para que os culpados sejam devidamente responsabilizados. O luto e a saudade são sentimentos que ficarão, mas o pedido por justiça é o que mantém a família unida em meio à dor.