Tumor cerebral: sintomas, diagnóstico e a lição deixada por Millena Brandão

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Apesar de ser uma condição considerada rara, o tumor cerebral figura entre os dez tipos de câncer mais registrados no Brasil, se excluídos os casos de câncer de pele. Segundo dados médicos, a taxa de mortalidade é alarmante: cerca de 84% dos pacientes diagnosticados acabam não resistindo à doença. A trágica história de Millena reforça a urgência de conhecer os sintomas e buscar atendimento médico diante de qualquer sinal incomum.

O que é um tumor cerebral?

Um tumor cerebral se forma quando células anormais se multiplicam de forma descontrolada dentro do cérebro ou em áreas próximas a ele. Esses tumores podem ser:

Primários, quando se originam no próprio cérebro
Secundários, quando resultam de metástases de câncer em outras partes do corpo

Ainda não se sabe exatamente o que causa o surgimento dos tumores cerebrais, mas alguns fatores são considerados de risco. A exposição à radiação, por exemplo, está entre os principais desencadeadores. Além disso, predisposições genéticas e questões ambientais também podem influenciar diretamente no desenvolvimento da doença.

Sintomas que merecem atenção

Um dos grandes desafios no diagnóstico do tumor cerebral é que seus sintomas podem ser confundidos com outras enfermidades comuns. Por isso, é essencial prestar atenção a qualquer alteração no corpo que persista por mais de alguns dias. Entre os sinais mais frequentes, destacam-se:

Dor de cabeça constante – geralmente mais intensa ao acordar ou nas primeiras horas do dia
Náuseas e vômitos – sem explicação aparente ou sem relação com alimentação
Problemas de visão – visão turva, embaçada ou dupla
Dificuldades de equilíbrio e coordenação motora – tropeços frequentes ou dificuldade para se manter em pé
Mudanças comportamentais – irritação repentina, episódios de tristeza profunda ou confusão mental
Déficit de concentração e memória – dificuldade para focar, esquecer informações simples
Convulsões – episódios involuntários que podem surgir mesmo sem histórico anterior
Cansaço extremo e sonolência constante – mesmo após uma noite de sono

É importante lembrar que esses sintomas não significam, isoladamente, que a pessoa está com um tumor cerebral. No entanto, quando persistem ou aparecem em conjunto, devem ser investigados com urgência.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico do tumor cerebral começa com a análise clínica dos sintomas. Exames de imagem, como a ressonância magnética e a tomografia computadorizada, são indispensáveis para localizar e mensurar o tumor. Em algumas situações, é necessário realizar uma biópsia para identificar o tipo exato do tumor e indicar o melhor caminho para o tratamento.

Tratamentos possíveis

Cada caso é único. Por isso, o tratamento do tumor cerebral depende de diversos fatores, como a localização do tumor, o seu tamanho, o tipo de célula cancerígena envolvida e a condição de saúde do paciente. As abordagens mais utilizadas incluem:

Cirurgia – para remover parcial ou totalmente o tumor
Radioterapia – aplicação de radiação para destruir as células tumorais
Quimioterapia – uso de medicamentos para combater o crescimento do tumor
Monitoramento contínuo – em casos em que a intervenção direta pode ser mais arriscada do que o acompanhamento

Muitas vezes, o tratamento combina duas ou mais dessas estratégias. O objetivo é prolongar a vida do paciente, aliviar os sintomas e oferecer mais qualidade de vida.

A importância do apoio emocional

Receber o diagnóstico de um tumor cerebral é devastador, tanto para o paciente quanto para seus familiares. Além do tratamento médico, o suporte psicológico é essencial. Terapias com psicólogos, apoio da família e até grupos de suporte com outros pacientes ajudam a enfrentar o medo e a incerteza.

O fortalecimento emocional é tão importante quanto os cuidados físicos. Estar cercado por uma rede de apoio pode fazer toda a diferença durante o processo.

O alerta deixado por Millena

A história da pequena Millena Brandão é um triste lembrete de que doenças graves não escolhem idade. Seu caso chama atenção para a necessidade de uma escuta mais sensível aos sinais do corpo, mesmo quando eles parecem sutis ou são confundidos com enfermidades mais comuns, como foi a suspeita inicial de dengue.

Buscar atendimento médico diante de sintomas persistentes não é exagero — é precaução. Em muitas situações, a diferença entre a vida e a morte está na rapidez com que a doença é descoberta e tratada.

Conclusão

O tumor cerebral é uma condição grave que exige atenção redobrada. Saber identificar os sintomas precocemente pode aumentar as chances de um tratamento eficaz. A trágica morte de Millena Brandão não pode ser em vão. Que sua lembrança sirva como um alerta para que mais pessoas estejam atentas aos sinais do corpo e não hesitem em procurar ajuda médica.

Não ignore seu corpo. Ele fala com você o tempo todo — e, muitas vezes, está pedindo socorro.